O ato mais solene do Direito é o casamento, caso alguém não saiba. Se, por um acaso, o noivo ou a noiva fazem uma gracinha na hora do "É de livre e espontânea vontade...", ou na hora do "Sim", o responsável encerra na hora a cerimônia. O negócio é sério. Casamento é coisa séria. Pelo menos pra justiça. O problema é o casal.
Nossa sociedade aprendeu a conviver com uma monogamia variável. Casa-se com alguém legalmente, mas existem as chamadas companheiras variantes.
Não tem aquele papo de lingüista de que, dependendo do contexto, pode-se falar com naturalidade "a gente vamos"ou "Chegou as compra"? Então, dependendo também do contexto, sua companheira variante também será aceita.
Obviamente que, em situações formais, sempre se deve usar a forma de prestígio, ou seja, a esposa. Não se usa forma variante na missa papal, por exemplo. É sempre Vossa Santidade e nunca "Meu camarada". Ou seja, leva-se em conta sempre a padrão.
É engraçado que as formas variantes comportam-se de maneira independente. Não têm a menor ligação com a forma padrão, de prestígio social. Aliás, ignora-se por completo a forma original. Parece que o fato de não se conhecerem faz com que uma ou outra não existam. Isso é bom, pois, quando as duas formas se esbarram, há um choque entre universos que ninguém gostaria de presenciar.
E como fica o usuário nessa história toda? Como se sabe, existem universais lingüísticos que determinam a gramática das línguas. Todas têm algum aspecto em comum. As regras fazem parte do processo. Por exemplo, se usou verbo transitivo, tem de trazer o complemento. No casamento é a mesma coisa: assinou o contrato, cumpram-se as normas estabelecidas; obedeça-se à lei.
Só que a variação é inerente a qualquer língua. Por mais que se mantenha a forma padrão, as formas variantes estão sempre a disposição. O problema todo está no contexto...
5 comentários:
Parace que as regras são variantes também...e não é bem a lei que as determina.
Estou confusa. Você está falando de sexo?
É melhor o usuário saber se portar, para que nunca, nunca meeesma, haja um encontro entre a forma original e a variante. Essas duas formas não se combinam... se repelem. E ai do usuário se ele se enrola e usa um "a gente vamos"... Misturou as duas formas. Se entregou...
ah não ... eu ainda não posso comentar aqui não.
A não ser que, eu seja uma variante desavisada, o que seria desastroso para o usuário.
Mas em relação ao "papo de butequim" nós comentamos sobre professores do direito e administração também, por conta das aulas com outras turmas de outros cursos.
Trotta, Mosca e vc são assuntos batidos.
Tem professores que rendem...
rs
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