sábado, 27 de outubro de 2007

Liturgia


"- Padre, tem 40 mil reais aí pra me arrumar?


- Tá ruim pra caramba, já te emprestei 20 mês passado, mermão!


- Sabe qual é, né, padre? A situação tá difícil e, além do mais, tem aquela parada do sexo antes do casa mento que eu sei que você apóia! E não se esqueça de que sei também que você é contra o celibato. Quer que eu saia explanando?


- Não faça isso, que você destrói minha vida! Pode cruzar o cheque?"


Aí, na moral, dá pra acreditar que a extorsão sofrida pelo padre Júlio Lancelotti não tinha razão de ser? O cara fazer voto de pobreza é uma coisa. Agora, ninguém sai "doando" dinheiro assim a esmo.


Acontece o seguinte, existe uma tendência muito forte de brasileiro acreditar em conto da carochinha. Tipo: "a CPMF não vai passar dessa vez!", "O Alair vai fazer as pazes com o Marquinhos!", "O papa tem dois filhos bastardos em Berlim!".


Assim, existe a tendência de que se acredite de que o tal padre, que ganha mil reais, tenha se desfeito das economias simplesmente por misericórdia. Agora vejam quem está com o padre: o nosso apaixonado por gravatas de marca Henri Sobel. Só que do Sobel eu não falo, porque tem ter cu pra falar mal de judeu!


Enfim, padre que é padre tem que ter uma história sórdida pra contar. O Lancelotti deve ter várias. O mal foi ter compartilhado com o amiguinho especial que fez na FEBEM.


Por trás de um grande homem


Há uma categoria de gente que me espanta pela inutilidade: a "esposa-de". Esposa-de é um nada, subempregada. Esposa-de é a mais perfeita tradução da expressão chula "gozar com o pau dos outros.


Há varios tipos de esposas-de. Esposas-de-médico, esposas-de-político, esposas-de-advogado, esposas-de-pastor, esposas-de-gerente, esposas-de-rico. Todas sem ter o que fazer na vida, a não ser trabalhar para o marido, ou garantir a matrícula de professor II no Estado (isso porque esposa-de faz Normal).


Esposa-de não tem vida própria, quem tem são os filhos e o marido. Além de vida própria, o marido da esposa-de também tem, normalmente, uma ou duas amantes. Um ou dois amantes...


No interior é assim. A vantagem das esposas-de são as amizades "sinceras" que consegue. Ser amigo de esposa-de dá status. Afinal, esposa-de consegue vaga pra você na consulta de sexta-feira. Consegue leito no hospital. Consegue vaga pra sua tia na Prefeitura.


Debaixo de um homem mais ou menos tem sempre uma esposa-de. Não é à toa que eu tenho pisado em tanta merda.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Para todo o Brasil


Minha mãe agora diz que vai ao prgrama da Márcia. Já pensou que beleza? O professor Gerson na Márcia ouvindo a galera chamá-lo de ingrato, desnaturado. Já pensou? E se o professor tomar um tapa na cara? O que dirá o Brasil?


O Brasil conhecerá as minhas agruras.


Já estou começando a achar que minha mãe está merecendo conhecer os métodos de trabalho do capitão Nascimento. Entretanto, se a Márcia me chamar para o debate, eu vou. O blog não tem sido tão lido assim.


domingo, 21 de outubro de 2007

Destino inexorável 2

Não sei por quanto tempo ainda vou agüentar festas de profissionais da minha área. Tudo muito bmo, muito bem servido, mas não dá. Pelo terceiro ano consecutivo eu me "diverti" ao som da banda Aeroporto. Sabe o que é isso? Quando eu era moleque ouvia falar na banda Aeroporto!
Foi por conta disso que fiquei um bom tempo pensativo na festa. Falta pouco pra eu ser sacaneado por meu filho no blog que ele deve criar...

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Homofóbicos e ufanistas!


Mais uma parada do orgulho gay. Como dizem os orkuteiros, "Ca-rá-leo (ditongo crescente...), já entendi! Tem muitos de vocês, né?"

Hoje em dia tem parada de orgulho gay semanal. A galera já sacou que é o melhor lugar pra pegar a mulherada fashion. Isso porque todo mundo sabe que mulher de vanguarda, que vai te dar sem fazer perguntas, gosta desse tipo de evento.

Só não entendo bem a expressão "orgulho" no contexto. Vejam bem, normalmente se tem orgulho de algo que é uma conquista. Tudo bem que vão falar que só o direito de se expressar em uma avenida Atlântica já seria o suficiente para utilizar a expressão, porém acredito que ser gay é uma condição de alguns e não uma conquista.

Portanto, ter orgulho de quê? Já pensou em uma entrevista no Jô o cara dizendo "Porra, lutei muito e hoje sou um homossexual completo. Posso dizer que sou muito gay, graças a Deus!"

O fato de ser heterossexual não me faz sentir orgulhoso. Já pensou se me orgulhasse de tudo que me é inerente? As pessoas ao meu redor se sentiriam enjoadas.

Por exemplo, a quantas paradas um judeu negro homossexual iria? (Só para constar, na Etiópia tem muito judeu, caso alguém queira contestar.) Se fosse um cara engajado, não pararia em emprego nenhum de tão cansado de passeatas. Claro, um cara com esse perfil só trabalharia em ONG.

Esse papo de orgulho disso, orgulho daquilo é um tremendo porre.

Orgulho de ser brasileiro, por exemplo. Cara, acidentes acontecem. Eu poderia ter nascido na Finlândia, Dinamarca, Nova Zelândia, mas nasci aqui. Pô, o Helmut Kohl, que foi chanceler alemão, dissera uma vez que não sentia orgulho em ser alemão só por ter nascido lá, mas por outros motivos. Por que tenho de me sentir orgulhoso quando a Daiane dos Santos dá um duplo carpado com framboesa e geléia de ameixa?

O país é lindo, tá. É lindo. E daí? Se fosse por minha participação como ser poluente, já deixaria de ter sido há muito. Pra mim, ser brasileiro é acidente, mas é o que eu sou, não é uma conquista.

O fato de ter chamado o país de lindo já seria o suficiente pra mostrar que não tenho preconceito de espécie alguma, pois homem que é homem não acha nada lindo. Só que eu sei que vai ter gente virando a cara pra mim amanhã...

Bem, acho que já é o suficiente pra mais três dias de vida.

Linda, leve e solta


Uma das características mais marcantes das alunas de escolas do estado são as costas molhadas. Sim, as costas molhadas. O fenômeno é resultante da utilização acentuada de cremes de relaxamento, que acabam escorrendo por pescoço e costas, jogando por terra qualquer traço de dignidade que pudesse haver.

É bem interessante o paradoxo gerado pela utilização do produto. Ao mesmo tempo em que as meninas conseguem uma aparência bem clean - a distância, diga-se de passagem-, fica sempre a impressão de alguém lhes deu uma ovada, quando se as observa de perto.

Eu queria saber com que cara um sujeito poderia ficar depois de passar as mãos nos cabelos de uma dessas meninas, simulando um carinho. O cara esquece a mão ensebada e limpa nas costas da garota? Disfarça e finge que vai atender o celular? Ou será que ele aproveita o produto e o utiliza em momento oportuno com outra função - KY é caro.-?

O importante é que as meninas preferem sacrificar um futuro relacionamento pelo bem das madeixas soltas ao vento. O negócio é tão sério que o tratamento é chamado de SOS!

E depois que seca? Não sei como fica depois que seca, pois minha aula já acabou nessas horas.

sábado, 6 de outubro de 2007

Amar é...

Ela encontra um amor do passado. Voltam a se apaixonar. Ela cuida do seu amor. Ele se descobre doente. Ela cuida do seu amor. Ele definha. Ela cuida do seu amor. A quimioterapia o debilita. Ela cuida do seu amor. Ele vomita. Ela cuida do seu amor. Ele chora. Ela cuida do seu amor.
Ele vai embora.
- Você não é mulher pra mim...