sábado, 9 de agosto de 2008

Eleições

Adoro eleições. Afinal, não tem época melhor pra trocadilhos. Não tem época melhor pra se vingar da vida. Por exemplo, professora diz que tem penetração em vários bairros da cidade. Pô, professora, com penetração em vários bairros? Frase com professora e penetração beira a agramaticalidade - a não ser que se trate de uma conhecida professora de inglês do município.

Algumas perguntas se fazem essenciais em momentos como esses. Por exemplo, o que faz uma vendedora de cachorro quente, um dono de loja de automóveis, um idoso cuja única qualificação é ser idoso, outra cuja qualificação é ser esposa de chefe da Guarda? As pessoas se acham realmente mais do que são.

Por exemplo, contam que um ilustre munícipe foi várias vezes convidado, mas nunca aceitou, pois não tinha mais vaga pra Deus. E olha que o pessoal dele chama Deus de Alah...

Eu se fosse candidato perderia por causa do nome. "Professor Gerson"; "Gerson da CNEC"; "Gerson do deboche"; "Gerson do esculacho"; "Gerson pardo". Tudo isso podia ser alcunha. O partido tinha que ser um liberal, tipo o DEM, pois não vou me candidatar em partido nanico. Talvez o melhor fosse me candidatar como "Gerson!!", uma vez que só assim poderia resumir o que sinto de mim mesmo. O problema são os eleitores, pois têm problemas com sinceridade. Eu já ia falar que não me importo com ninguém.

Com relação aos candidatos a prefeito, minha grande preocupação é com a dentadura nova do Reis. Se o cara continuar rindo daquele jeito, ela cai em um comício. Ah, tem também o Aissar e sua coerência. Fenomenal.

No meio dessa onda toda eu só me arrependo de um dia ter começado a estudar. Por conta disso, nunca poderei ser prefeito da cidade.