sexta-feira, 13 de julho de 2007

PHD

Agora todo mundo quer ser chamado de doutor. Até esteticista. Pô, se é assim, pra que eu leio aquela bibliografia de Direito, Lingüística, tento fazer relações e busco comprovação de hipóteses, quando só me seria necessário saber tirar cravos?
Massoterapeutas, fisioterapeutas, enfermeiros, fonoaudiólogos, quiropráticos, além dos já famosos advogados e dentistas, exigem para si a alcunha de doutores.
Venho de público requisitar o título para as secretárias de dentista, cabeleireiras, manicures e mães e pais-de-santo - desde que devidamente paramentados.
Negue-se aos acadêmicos o mesmo título. Daqui a pouco, aquele ex-aluno que trabalha no balcão da farmácia vai me dar os parabéns pelo título e dizer que agora estamos no mesmo nível. É bem por aí. Hoje o Doutor em Letras, Literatura Comparada, Estudos Lingüísticos, o que seja, vale pouco menos que o atendente da farmácia - que já é doutor, por conta do jaleco.
Não quero o título de Professor-Doutor. Vulgarizou-se. Além disso, minha tese não tem título com dois-pontos, dá pra mais de uma pessoa ler.
De igual às outras só o fato de poder ser usada como peso de papel. Ah, e de calço pra estante que está meio torta.

3 comentários:

Ana disse...

eu já acho que professor não serve pra nada mesmo. Com ou sem diploma de dotô.

Gileade disse...

Ah, mas ver aquele aluno ruinzinho, fraquinho, que escreve adevogado, reclamar título de doutor, é dose mesmo!

Unknown disse...

Lá vem vc de novo mexer com os fonoaudiólogos... rssssss
Eu não sou doutora... eu sei... mas tem muita gente que me chamava (agora não chamam pq não trabalho mais com isso)