sábado, 7 de julho de 2007

Kit-sobrevivência

O certo e o errado são questões muito relativas tanto em português como em qualquer outra língua. Eu, por exemplo, gosto de ver pessoas se expressando de maneira despreocupada com suas gírias e "pobremas" de concordância.


É lindo um "Fala que é nóis!"; aliás, mais bonito que o "Fala que é a gente!". Segundo consta, a primeira expressão seria de uma determinada facção criminosa colorida, enquanto a segunda, de uma outra que preza a amizade.



Não importa. O erro faz parte, não me incomoda, é material de pesquisa. Não deveria incomodar também os outros professores, mas não é o que acontece. Já se foi o tempo em que ridicularizar a fala de alunos em sala de aula, ou em correção de redações, era engraçado.


O fato de acreditar que conhece a língua faz com que alguns professores de português se achem donos da verdade. Cheios de razão discutem com os colegas sobre a incapacidade dos alunos em interpretar uma frase.


Imbecis. Geralmente professor de português é um imbecil. Talvez por ter plena consciência de que o que ensina não serve muito. O falante já sabe português, e qualquer um com um pouco mais de leitura poderia dar uns toques com relação à melhor forma a ser utilizada em determinada situação. Não precisa ser professor pra isso.


Querem ver? Meu filho fala sempre "Vou ao banheiro." Vou dormir meia-noite e meia." e por aí vai. Ele não precisa nem do pai pra corrigir. Que dirá do pai-professor!


O que salva o professor de português é a marra. Não fosse isso e estariam extintos. É importante essa postura pra que as pessoas acreditem que você não é obsoleto. Bem, eu tenho me mantido assim. Mas sei bem que um dia a casa cai.

3 comentários:

Anônimo disse...

Mau agouro!

Unknown disse...

O melhooooooooor texto até agora!
"Geralmente professor de português é um imbecil." Concordo com isso.
Semestre passado, na faculdade, eu tive um tipo desses me dando aula. Uma marra inenarrável (como costuma dizer um outro prof.), e um sarcasmo absurdo. E o pior disso tudo, é que nas férias, os alunos ainda sentem falta.
Quem seria mais imbecil? O professor de português, ou o aluno?

Andrea disse...

geralmente a marra faz com que o cara apenas ensine que os loutros estão errados