segunda-feira, 30 de julho de 2007

Qual é a sua?


Um arguto observador do comportamento masculino fez, certa feita, considerações que quis transformar em contribuições a mulheres solteiras em busca da companhia de um varão (sem ou com trocadilhos).


Em suas elucubrações, o digníssimo senhor teceu vários comentários elucidativos para justificar a falta da presença masculina na vida de ditosas donzelas. Em primeiro lugar, um tópico antes restrito a comentários femininos: a calcinha a utilizar.


Segundo o mestre Cipriano (alcunha atribuída ao autor), é proibitivo - e não apenas proibido - o uso dos seguintes tipos de roupa de baixo por senhoritas que um dia pretendam perder a invencibilidade ou, simplesmente, voltar à ativa depois de longo período de recesso:


1. Calcinha da vovó - Foi-se o tempo em que havia a preocupação de algumas meninas em usar calçolas grande para manter a bunda em pé. Tudo isso é placebo. hodiernamente, deve-se usar, para o mesmo objetivo, as famosas "3-2-1" de medida:três dedos na frente; dois do lado; um atrás. Isso tudo com a sustentação de calças da gang.


2. Calcinha poída - Nenhuma donzela (ou quase-donzela) gostaria de surpreender o trabalho manual de um pretendente com material gasto pela erosão. Nem por dentro, nem por fora.


3. Calcinha-com-elático-frouxo - De acordo com o mestre Cipriano, as calçolas bambas não agradam a maioria dos mancebos pretendentes. Portanto, que se guarde o material de segunda para as noites solitárias e nunca para apresentações em público.


4. Calcinha-comestível - Nesse caso, só como material extra, pois a moçoila não gostaria de voltar pra casa desprotegida contra as intempéries da natureza.


De acordo com nosso consultor, o modelito necessário deve sempre seguir as orientações da 'São Paulo Fashion Week", devendo ser observadas as condições de "cavamento".


Que não se iludam as moças, os homens sempre calculam suas possibilidades após a minuciosa observação do material traseiro feminino. Se a moça vira e percebe que há alguém olhando, pode ter certeza de que há mesmo! É a famosa pressão do olhar.


Dessa forma, para que se cause uma boa impressão, Cipriano recomenda uma liberdade maior para as bundas e menos espaço para os tecidos.

domingo, 29 de julho de 2007

Ode à cópia



Não sou do tipo que se torna fã de qualquer coisa. A única exceção foi o "Seinfeld". Depois de assistir a alguns episódios , queria ler tudo que dissesse respeito da série. Até Vanity Fair eu cheguei a comprar.


Pra quem não conhece, o programa é conhecido como a "comédia sobre o nada", uma vez que trata de assuntos cotidianos que, em tese, não renderiam nada de engraçado. Afinal, quem quer saber sobre o seu dia?


Acontece que o dia-a-dia das pessoas é engraçado, basta que se façam observações interessantes sobre aquilo que se passou. É o que acontece na série.


Depois de assistir a todos os episódios mais de uma vez, percebi como a programação das nossas tvs abertas é reciclada. Partes de alguns programas, tratados como inteligentes , são, na verdade, cópias deslavadas de séries como "Seinfeld" e "The office".


Isso me leva a pensar na criatividade do ser humano. Será que tudo nessa vida é intertexto? Tudo o que há já foi dito? Nada é original?


Faz tempo que não vejo originalidade. Não sinto o cheiro de originalidade em absolutamente nada, por conta disso é que não recrimino quem contrata "ghost writer" pra escrever tese. E quem sou pra criticar a Fernanda Young e seu marido por sempre "parafrasearem" trechos dos roteiros de "Seinfeld"?


Normalmente, quem tenta ser original é um chato. É só dar uma olhada por aí, seja na tv, na rádio, na academia - principalmente na academia.


Quem tem tempo de ser original?


A preocupação de hoje é: como parafrasear de tal forma, que não se identifique a forma-base? Quem consegue isso está bem na fita.


Eu desiti de tentar ser referência. Não me serve de absolutamente nada. Um dia iriam me roubar os créditos mesmo! Por enquanto, vou procurando idéias que possam ser copiadas, repetidas a exaustão. Pelo menos faço as referências em bibliografia.
Dessa forma, devo fazer a devida referência aos roteiristas de "Seinfeld", que, de alguma forma, estão sempre presentes em meus textos, mesmo que indiretamente. Afinal, tudo é intertexto.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Engodo

As férias estão acabando. Lá se vai o sossego das salas de espera dos consultórios médicos, da aula de teclado. Agora o bebê vai ter de procurar outro colo.
Lá se vai o futebol das quartas. A saber, futebol sub-7, do garoto mais velho. Lá se vai aquela partida de playstation, o Ben 10, o Shrek 3, o Pan no Maracanã com sol a pino nos cornos. Lá se vai. Lá se vai a baba que insiste em cair no olho quando levanto o garoto.

Chega de ser babá. Agora tudo volta ao normal. É nova temporada na área. Alguns personagens são recorrentes; outros, nem tanto. Esse é o problema das pessoas que, como eu, vivem dois anos em um: todo semestre tem surpresa. Nunca alvissareira.
Lá vêm os corpos sem alma. Lá vêm as avaliações. Lá vêm as restrições a sua pessoa . Lá vêm os comentários sobre como tudo continua a mesma coisa.
Só tem uma vantagem: é tanta gente pra ter que lidar, que é impossível enrolar tanto como fiz até aqui.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Correndo por fora


E o prêmio de musa do Pan vai para:


REBECA GUSMÃO!!!

domingo, 22 de julho de 2007

Mandando andar


Top 5 de desculpas para terminar relacionamento com aquela pessoa super gente boa que nunca dá motivos pro "break-up". Utilize a adequada à situação.




1. Clássica: "Não é você, sou eu."




2. Zodiacal: "Eu te amo, mas tô vivendo o maior inferno astral."




3. Reversa: "Eu sinto que amo você muito além do que você me ama."



4. Esportiva: "Estou muito envolvido e tenho medo de machucar."




5. Médica: " Eu tenho que te contar: minha mulher está com câncer e tenho que dar uma moral pra ela se recuperar. Pois é, eu sou casado."





Eu sou bom; eu sou mau!


Trato social sempre foi o meu forte. Consigo me adaptar a qualquer ambiente, seja ele hostil, seja amistoso. Se for hostil, melhor ainda, pois não preciso agradar ninguém. É bom não ter que se dar ao trabalho de ficar cumprimentando idiotas.


Muitas pessoas têm a falsa de idéia de que me magoaria um virar de cara na rua, um olhar atravessado, ou um comentário escarnecedor. Eu acho isso ótimo. É uma grande vantagem a pessoa viver num mundo sabendo que não vai se decepcionar com ninguém, uma vez que sabe que todos são fura-olhos em potencial.


Gosto quando as pessoas falam mal de mim. Isso mostra que as atingi de alguma forma e que, de alguma forma, elas se interessariam por um agrado de minha parte. O fato de me esculacharem só demonstra um frustração. Pior pra elas, pois, delas, eu só esperava o pior.


Acontece que, como falei antes, também me adapto a ambientes amistosos. Por exemplo, é difícil alguém acreditar em determinadas situações que eu sou mal humorado. Pelo contrário, sou a "alma da festa"! Sério. Mas isso acontece pouco, é verdade. Só quando vale a pena.


O problema é que moro em um lugar em que 50% das pessoas, pelo menos, são acometidas de uma doença incurável: a imbecilidade crônica. Se não têm a doença, são portadoras do vírus.


Como lidar com imbecis? Basta ativar o superpoder da invisibilidade, quando estiver na rua, ou trabalhar em "off": desliga-se o seletor de intolerância. Só dá pra viver razoavelmente assim.


As sumidades perguntariam: "Então, por que você vive nesse lugar?" A resposta é óbvia: a gente tem necessidade de sentir superior também, né? E não dá pra se sentir diferente.
Algumas dessas pessoas - não todas - andam de nariz em pé depois que terminam sua graduação na boate sabatina, sua Pós a distância, seu Mestrado Profissional. Pronto: "The world is mine!", pensam.

Beleza. Agora todas têm pelo menos três canudos pra colocar as bijouterias que vão vender nas salas de professores das escolas públicas!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

O que é ? O que é ?


Espantosa a curiosidade do ser humano. As pessoas não podem ver absolutamente nada um pouco fora do normal que já pensam em perguntar a respeito. E o detalhe é que, quando têm chance, as pessoas perguntam algo que não tem nada a ver pra que consigam a resposta desejada.


Quando o curioso descobre o que aconteceu se sente aliviado, parece ter tirado um peso absurdo das costas. Ele precisa saber, é obrigação da pessoa contar pra ele.


Minha mulher fez dermoabrasão, que é uma espécie de lixamento cirúrgico da pele. Não é peeling - antes fosse, pois seria bem mais barato. Acontece que o "pós-operatório" é um problema. O rosto fica em carne viva, a pessoa se sente uma aberração, e os curiosos tratam a pessoa como aberração.


Os conhecidos não perdem a oportunidade: "E aí, foi dente?" "Espinha?" "Queda?" "Acidente?"


Isso tudo olhando nos olhos, revistando todo o rosto, fazendo cara de nojo. Assim, a pessoa não pode sair de casa. Não é nem por causa do sol, mas por causa dos curiosos.


Agora, imagina a situação: a mulher com o rosto irreconhecível tem de entrar na farmácia para comprar o medicamento que servirá para o local:


"Por favor, o senhor tem KY?"


Pois é. Imaginem que no local deve ser utilizado o famoso gel lubrificante. A mulher vai à farmácia e ainda tem aturar a cara do farmacêutico com ar de "Naõ-acredito-que-ela-pensa-em-sexo-com-a-cara-enfaixada-desse-jeito".


"Me dá dois."


Um já dava conta, mas, sabe como é, né? Já que está ali mesmo...


segunda-feira, 16 de julho de 2007

Gostos musicais


Há pouco tempo, fiquei sabendo que não conhecer a Mart´nália (acho que é assim que se escreve) me tornava um ser desantenado. Pô, desconhecer as músicas de uma revelação da MPB como a Mart´nália? Confesso, senti-me mal - com o perdão do cacófato. É chique gostar da moça.


Além de não saber cantar, de nunca ter ouvido uma música sequer da filha do Martinho da Vila, confesso que detesto. Assim como detesto, alguns quase sem conhecer e outros tendo ouvido pouco da obra:
  1. a Maria Rita;


  2. a Vanessa da Matta;


  3. a Ana Carolina;


  4. a Ivete Sangalo;


  5. a Simone;


  6. a Elba ramalho;


  7. a Marjorie Estiano;


  8. a Adriana Calcanhoto.


Tem mais gente:



  1. o Zeca Baleiro;


  2. o Zé Ramalho;


  3. o Belchior;


  4. o Moska;


  5. o Otto;


  6. o Alceu Valença;


  7. qualquer um dos Netinhos;


  8. da música baiana carnavalesca;


  9. qualquer dos contratados da Biscoito Fino.

Sobrevivo. Respeito quem gosta. Quer dizer, não respeito, mas não falo diretamente. Acho um saco esses artistas, e tenho o direito de achar. Chega! Já basta a minha infância em que tinha de ouvir Roberto Leal, que minha mãe adorava.

Hoje eu naõ estou nem um pouco a fim de ouvir que eu tenho de gostar do Jair Oliveira porque as músicas dele são demais. Olha só, respeito o Jairzinho porque a mulher poderia ser dividida em duas e, ainda assim, seriam dois filezões. Entretanto, a música do cara é chata; a irmã é chata (com voz anasalada); o pai é chato, chato, chato. Enfim, o Jairzinho não vai morrer por causa disso; os outros, sim. De inveja.


Citei o Otto, né? O que de bom fez esse cidadão? Que eu saiba, de bom mesmo só foi engravidar a Alessandra Negrini, apesar de haver controvérsias.

Ainda espero na nova safra da MPB alguém com a categoria do Djavan, com a voz do Ed Motta, com o suingue do Jorge Ben. Olho pra longe e só sinto cheiro de marra. Só que marra eu também tenho, só não tenho talento. Assim como muita gente citada lá em cima.

A montanha vaia Maomé


O Lula não gostou de ser vaiado na cerimônia de abertura do Pan. Não só não gostou, como, de pirraça, recusou-se a fazer a abertura solene dos jogos. Isso é uma bobagem. Que outro oportunidade haveria para que o povo manifestasse indignação com qualquer coisa? Só ali mesmo. Não dá pra chegar nem perto do Alvorada. Outras vaias soaram mais sem propósito.


Pra que vaiar delegação americana, por exemplo? Invasão do Iraque? Falta de discussão sobre o etanol? Nada disso. Talvez seja pelo conjunto da obra. Ninguém da delegação tem algo a ver com as frustrações do brasileiro. Parece que vaiar americano é obrigação. Vaiam porque eles cancelaram Arrested Development, porque não melhoram o enredo de Desperate Housewives, porque fazem doce pra conceder visto, porque se recusam a falar outra língua que não o inglês, porque nos tratam como subalternos em nossa própria terra.


E o "coitado" do Lula? O Lula é uma espécie de Gerald Thomas dos governantes: não aceita críticas, se acha o único certo e ignora a mídia. Ah, embora não pareça, começou a detestar o povão também. O homem é o próprio ex-presidente em exercício. É um presidente decorativo. Bom de decorar: textos, metáforas e cantos de salas. Mas tem sentimentos. E sofreu no dia.


Eu não ligaria pras vaias. Afinal, qualquer um dos três governantes que se atrevesse a falar ali seria vaiado. Até o abobalhado do Sérgio Cabral - um cara que ninguém leva a sério. As vaias traduzidas significariam algo como: "Seu Merda, sai daí."


Quem liga pra isso? Quem se acha além da merda? É muita pretensão do Lula, né não? Por que não olha pra gente que está aquém da merda?


sábado, 14 de julho de 2007

Cobertura do Pan

O show de abertura ficou lindo com o espetáculo de fogos de artifício. Pra quem não notou, houve a participação da comunidade vizinha, a Mangueira, com tiros traçantes que coloriam os céus. Pra carioca isso não é novidade.
O show ficou devendo as participações ilustres de Garotinho, Rosinha, Beira-mar e Linho - sim, parece que está vivo. Entretanto, senti falta do Mr. Catra, da Daise da Injeção e das meninas da Gaiola das Popozudas. Abertura é com elas.
Certamente, o destaque do Pan foi a contagiante performance da equipe feminina de ginástica artística. Lideradas por Jade, Danielle, Daiane e, o nome de maior expressão, Diego Hypólito, a equipe fez bonito.
Muito bonita a participação do futebol feminino. Duas goleadas. As beldades Kátia Cilene, Marta e Formiga só lamentaram não poder jogar no Maracanã. Afinal, são só 500 metros da Vila Mimosa, onde elas poderiam comemorar a vitória mais à vontade. E bem baratinho.
Destaque também para o porto-riquenho que ganhou do tal do Márcio no taekwondo. Era clara a mistura de "Romeu tem que morrer" com "Matrix". Ganhou pelo ballet.
Do Pan, no momento, só aguardo ansiosamente as meninas do nado sincronizado. Claro, depois das gatas do basquete!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

PHD

Agora todo mundo quer ser chamado de doutor. Até esteticista. Pô, se é assim, pra que eu leio aquela bibliografia de Direito, Lingüística, tento fazer relações e busco comprovação de hipóteses, quando só me seria necessário saber tirar cravos?
Massoterapeutas, fisioterapeutas, enfermeiros, fonoaudiólogos, quiropráticos, além dos já famosos advogados e dentistas, exigem para si a alcunha de doutores.
Venho de público requisitar o título para as secretárias de dentista, cabeleireiras, manicures e mães e pais-de-santo - desde que devidamente paramentados.
Negue-se aos acadêmicos o mesmo título. Daqui a pouco, aquele ex-aluno que trabalha no balcão da farmácia vai me dar os parabéns pelo título e dizer que agora estamos no mesmo nível. É bem por aí. Hoje o Doutor em Letras, Literatura Comparada, Estudos Lingüísticos, o que seja, vale pouco menos que o atendente da farmácia - que já é doutor, por conta do jaleco.
Não quero o título de Professor-Doutor. Vulgarizou-se. Além disso, minha tese não tem título com dois-pontos, dá pra mais de uma pessoa ler.
De igual às outras só o fato de poder ser usada como peso de papel. Ah, e de calço pra estante que está meio torta.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Couvert

Vida em sociedade tem uma definição básica: eterno degustar de sapos. Sempre se precisa de alguém. Tem sempre um favor. A fazer ou a receber. Sempre se deve aturar a falha no comportamento alheio, afinal ele (a) não está num bom dia.
Descobri que sou fã de sapos. Sapo é comigo mesmo. Se é pra engolir o desaforo, beleza, make my day! Manda ver. Mas aí dizem que sou grosso quando me engasgo. Ora, me entendam, eu aprecio o sabor. Os outros, no entanto, precisam aprender a admirar a iguaria.
Não é exagero de minha parte quando comento que a vida é um eterno "abrir mão". Pense em o que você fez durante o dia que não gostaria de ter feito. É isso: felicidade é para aqueles que sabem não esquentar com nada. Em alguns momentos, ignorância é bênção.
Marido abre mão. Mulher abre mão. Pai, mãe, filho, filha, todos abrem mão. Empregado só abre mão. Amigo que é amigo abre mão. E fingimos que tudo vai bem, mastigando o sapo, saboreando-o, muitas vezes sem a bebida adequada. Todo dia. Todo o dia.

É tudo verdade!



Se todo mundo tem, eu também quero. O primeiro momento Alta Fidelidade. Os cinco melhores textos sobre sexo e relacionamento. Todos fáticos.



  1. Ela: Você é um grosso!

Ele: Grosso por quê? Eu te trouxe aqui e você vem me esculachar.

Ela: Só porque me trouxe ao motel acha que tá podendo, né? Quer saber? Eu nem gozei

mesmo...

Ele: Foda-se! Eu gozei pra c*. (Créditos: Moreno)

2. "Eu tenho a capacidade de arrebentar com o emocional das mulheres. Não sei como eu consigo!" (Créditos: Diogo)

3. Professor de português, professor de filosofia e professor de Processo Penal rumo a um pé-sujo em São Cristóvão, Cabo Frio. De repente, um grito. O professor de Processo vitimara o de filosofia com uma batida de porta no dedo, o que o fez perguntar por uma hora se aquilo não ia ficar roxo.

Após o churrasquinho de gato, o Platão pede um copo com gelo para pôr o dedo ferido. Do lado de fora é abordado por senhorita passante, habituè do local, que lhe oferece seus serviços;

- E aí, tá a fim de um sexo?

- Não , obrigado, meu dedo já tá fodido! (Créditos: G,P&W)

4. Quando saio com uma mulher duas vezes seguidas, já solicito logo um tipo diferente de sexo. Se quiser papa-e-mamãe, fico com a minha mulher em casa.

5. Ele: Pô, tá demais essa vista aqui, amor. E aí, que tal umazinha?

Ela: Ah, mas é Sexta-Feira Santa!

Ele: E daí? Você acha que Deus vai ficar chateado com a gente por causa disso?

terça-feira, 10 de julho de 2007

O nosso amor é lindo, tão lindo...



Não tem coisa pior do que se apaixonar. O homem e a mulher, quando se apaixonam, tendem a se exaustivos, chatos. É líquido e certo.


Primeiro começam as ligações insistentes com aquele papo que não leva a absolutamente lugar algum. E o pior, os apaixonados não se utilizam da função fática da linguagem - tipo "Tá me ouvindo?". Pra esse tipo de gente faz parte do processo ficar ouvindo a respiração do outro lado. Mesmo que a respiração do outro lado seja o resultado da falha de conexão da Vivo.


Segundo: mensagens sms. Depois do torpedo não tem tempo ruim. O problema é que o apaixonado só sossega quando o outro - ou outra - responde. Não tem importância se demora. O cara manda 15 mensagens: está na franquia do dia dos namorados. Não se dá a oportunidade ao telefone desligado, o outro tem de responder.



Eu fico pensando em como o papo dessa gente não acaba. Não dá pra ficar falando que a mulher é linda, especial, maravilhosa, o resto da vida. Chega uma hora que qualquer ser humano deixa de acreditar. O apaixonado acha que repetição é reiteração. Por via das dúvidas vai falando, falando, para que não restem dúvidas do que sente.



Agora, qual é a graça em sofrer? Sério mesmo, qual a graça? Os caras gostam disso, sofrer é o que há para o apaixonado. Isso é sensação que se apresente? Alguém realmente merece sua atenção de tal forma que você, o cara que nunca desliga foda-se, vai chorar pra ser aceito? É isso mesmo? Alguém é tão superior a você, mulher de fibra, que vai te deixar emocionalmente perturbada, a ponto de achar que sua hora de encontrar o amor já passou?



É.


sábado, 7 de julho de 2007

minhaterra@fimdomundo.com


Nasci no Rio de Janeiro e tenho minhas diferenças com a cidade. Cidade Maravilhosa... Esses epítetos são complicados. O que se poderia dizer hoje de lá? Eu me recuso a dizer, pois, afinal de contas, minha opinião só tem repercussão entre umas 5 pessoas, no máximo. Aí se incluem meus dois filhos: de 6 anos, um; 1/2 ano, o outro.


A cidade onde moro é outra coisa. Não dá pra falar mal. Nem bem. Nem nada. A cidade é um nada. Quem vem pra cá é nada, como eu. Pra ser alguma coisa, tem de sair dela.


O que se poderia dizer de uma cidade cujo prefeito tem nome de tubérculo?


O que gosto mesmo é da pose do povo. Só tem intelectual, gente de classe com opiniões relevantes. Uma das figuras mais proeminentes intitula-se professor doutor. O professor pela (de) formação pedagógica e o doutor (?) pela jurídica. Bastou pra virar sumidade na terra de cegos. Há mais de 50 anos.


Aliás, não precisa muito pra virar sumidade por ali. A natureza rural do lugar dá preferência a celebridades rurais, vide éguas loiras e afins.


O povo da região exulta a proximidade com Niterói. O povo ama Niterói. Niterói, que, para eles, se resume a Icaraí e Plaza, é o que há! O povo gosta tanto de Niterói, que , certa feita, uma conceituada escola pôs em sua propaganda que trabalhava com "Professores de Niterói". Ótima propaganda, por sinal. Só que também veio um colégio inteiro de Niterói e tirou os alunos dessa escola. Lindo.


O que mais amo, entretanto, é a linha do trem. O que dizer de uma cidade cortada por uma linha de trem? As pessoas até fingem que ela não está ali, para que não se lembrem de que aquilo torna o município tão espetacular quanto seus vizinhos contíguos.


Atraso para o trabalho. Necessidade de cruzar ruas. Trem passando? Pode esperar e avisar que vai chegar depois. Admire-se o trem. Aliás, admirem-se os motoristas. Grande parte com sua carteira de habilitação, mas todos com o diploma de imbecilização automobilística debaixo do banco.


Enfim, o que poderia caracterizar uma cidade sem identidade? Uma cidade que não sabe onde se localiza? É região dos Lagos? É região metropolitana? Serrana? Não é nada.


A cidade é nada; portanto, dela, nada se espera.

Kit-sobrevivência

O certo e o errado são questões muito relativas tanto em português como em qualquer outra língua. Eu, por exemplo, gosto de ver pessoas se expressando de maneira despreocupada com suas gírias e "pobremas" de concordância.


É lindo um "Fala que é nóis!"; aliás, mais bonito que o "Fala que é a gente!". Segundo consta, a primeira expressão seria de uma determinada facção criminosa colorida, enquanto a segunda, de uma outra que preza a amizade.



Não importa. O erro faz parte, não me incomoda, é material de pesquisa. Não deveria incomodar também os outros professores, mas não é o que acontece. Já se foi o tempo em que ridicularizar a fala de alunos em sala de aula, ou em correção de redações, era engraçado.


O fato de acreditar que conhece a língua faz com que alguns professores de português se achem donos da verdade. Cheios de razão discutem com os colegas sobre a incapacidade dos alunos em interpretar uma frase.


Imbecis. Geralmente professor de português é um imbecil. Talvez por ter plena consciência de que o que ensina não serve muito. O falante já sabe português, e qualquer um com um pouco mais de leitura poderia dar uns toques com relação à melhor forma a ser utilizada em determinada situação. Não precisa ser professor pra isso.


Querem ver? Meu filho fala sempre "Vou ao banheiro." Vou dormir meia-noite e meia." e por aí vai. Ele não precisa nem do pai pra corrigir. Que dirá do pai-professor!


O que salva o professor de português é a marra. Não fosse isso e estariam extintos. É importante essa postura pra que as pessoas acreditem que você não é obsoleto. Bem, eu tenho me mantido assim. Mas sei bem que um dia a casa cai.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Regência Verbal


Sou contra atitudes machistas em geral, pois defendo a dignidade da alma feminina. Entretanto, tem b-itch que pede pra ser sacaneada. Aí não dá.


Colégio do Estado. 3 de julho. Brigas. Discussões. Choro. Vela. Tudo por causa de uma camisa de malha verde. Camisa do Pan, diga-se de passagem. É o fim, o nível mais baixo a que se pode chegar na carreira: mendigar roupa que se usa em faxina!


Eu vejo mulher como um ser transitivo: precisa de complemento. De preenchimento - que me perdoem as menores de idade (Sejam virgens!). Quando falta o objeto direto - de preferência-, a frase fica sem sentido.

Tem professora do Estado que anda precisando muito de um objeto direto. Aliás, uns 70% precisam. E de um adjunto adverbial também. De lugar.
Os verbos: enfiar, pôr, colocar etc. Qualquer um, desde que a frase seja gramatical, que todas as posições sintáticas sejam devidamente ocupadas. E que o telefone toque no dia seguinte...


terça-feira, 3 de julho de 2007

Pai é o que cria...


Poucos sabem mas meu pai é uma pessoa fantástica. Sabe o dom da ubiqüidade? Especialidade dele. Afinal de contas só sendo ubíquo pra estar em mais de um lugar ao mesmo tempo com tantas mulheres. Pobre é foda: se é pra fazer um só passar necessidade, não tem a menor graça. Que sejam vários!


Só assim pra fazer tanto filho. Pois é, tenho vários irmãos, só não conheço quase nenhum. Isso por parte de pai. Só fiz questão de conhecer uma irmã, pois vai que eu me encanto por ela sem saber quem é e acabo tendo um filho com olho na nuca!


Meu pai também tem superpoderes. Descobri depois de alguns anos quando resolveu desaparecer. Isso não é pra qualquer um. Por muitos anos minha mãe o procurou pra o ajuste de contas, mais conhecido como pensão alimentícia. Isso me garantia um contato mensal com o cidadão.


Acontece que, como todo super-herói que se preze, meu pai também tem sua kryptonita: o cara é surdo. Há males que vem pra bem.


Como nunca tive assunto com ele, não me preocupava em falar absolutamente nada, uma vez que ele não ia escutar mesmo. Muito menos sobre futebol. Além de tudo, ele é vasco!


Fico pensando na herança que me cabe. Penso com preocupação, na verdade; afinal, vai que eu me torno devedor solidário! Isso faria nunca ser esquecido. Aliás, nem sei por que me lembrei dele hoje.


Ah, já sei. Pensei em preconceito, inclusão social, essas coisas. Lembrei porque, dentre esses irmãos todos, compartilho sua herança genética com um ex-bandido -morto - e um viado. Bem, viado não sou. Fato. Bandido, ainda dá tempo...

Classificados



Voltando ao assunto sub-profissões, lembrei-me de uma que poderia ser extinta para o bem da humanidade. Comentarista esportivo. O que é isso? O que de tão especial há em se comentar qualquer modalidade esportiva?

O problema dos comentaristas esportivos é que se levam a sério. Não pode. Tem que escrotizar os atletas! Ser politicamente correto nesses casos não cabe.
Por exemplo, vôlei feminino. Não dá pra comentar. Todos os jogos parecem com torneio de Ensino Fundamental, não há emoção. É 501 contra 603; 802 contra 704. Isso nas semifinais! Não me venha dizer que isso prende atenção de alguém. É como assistir a uma aula de Educação artística ou de religião com aquelas professoras que estão ali porque não têm pra onde ir mais.
Em jogo de vôlei feminino só se comenta se a ponteiro é muito feia, se tem cara de sapata, se dava pra pegar, ou se só está lá porque está dando pro técnico. Mais nada. Acho que vôlei feminino só perde em emoção pra vôlei de praia feminino. Enfim, não respeito essas modalidades, assim como não respeito ginástica olímpica.
Quem ainda atura Daiane dos Santos?

E a irmãzinha mais nova da Danielle Hipólito? Não suporto aquela cidadã. Ficar ouvindo comentário de como ela continuou saltando após ter quebrado o pezinho foi demais pra mim. É o fim do mundo comentar sobre isso. Não quero nem ouvir falar em Diego Hipólito!

Enfim, o Pan está chegando e, com ele, os comentários inócuos sobre badminton, tênis de mesa, arremesso de martelo, hipismo! Como se regulamenta uma profissão de comentarista de esportes como esses?
Pior que isso só comentar post inútil de blog!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Mid-seasons



Está chegando a época mais complicada da tv para mim, a chamada "mid-season". Pra quem não sabe, essa é época em que colocam no ar aqueles séries que provavelmente não darão certo. (Aqui no Brasil, colocam no ar séries que já foram canceladas, como a "Studio 60 on sunset strip", por exemplo.)
Essa época é ruim porque coincide justamente com o período correspondente às férias, que se passam em casa, obviamente. Parece chato, mas nem tudo é perfeito mesmo. Afinal, todo mundo precisa de uma mid-season.

Acho que o ideal seria tudo na vida ter uma mid-season. Já pensou numa mid-season sem o Lula, sem o Sérgio Cabral, sem o Renan, o Roriz etc.? O problema é quem preencheria as lacunas. Certamente seria bem pior. É só ver o caso de "West Wing", que era um saco, mas não teve substituta à altura.
Mas, e a nossa mid-season?

No meu caso, essa época serve como antiácido. Aos poucos vou perdendo a capacidade de falar mal dos outros, de encontrar seus defeitos e expô-los à comunidade. É como se "Os Simpsons" fosse substituído por "Seventh Heaven". Procuro amigos, marco encontros, falto a quase todos mas fico bem na fita, pois "entrei em contato".




Felizmente, para poucos, tudo volta ao normal, e a série água-com-açúcar é cancelada. Todos precisam do mal humor, da ironia, do sarcasmo. No entanto, é necessário dar valor a esse período importante da vida. O mid-season é importante pra experimentar coisas novas. Sem viadagens, obviamente!
Pra quem não sabe o que é mid-season, este texto é uma espécie de. (Terminei a frase com preposição!)

Imagina uma mid-season de mim! tem gente que às vezes não está a fim de ouvir comentário ambíguo, aí o emputecimento do outro pode ser definitivo, e eu acabo sendo cancelado.


Bem, dependendo de quem seja, ponto pra mim!

domingo, 1 de julho de 2007

Diário de bordo




Viajar de avião era coisa pra poucos há um tempo. Hoje é algo totalmente democratizado. Já quase não dá pra perceber a diferença entre o Tom Jobim e a Novo Rio, desde os banheiros até os xingamentos. Virou moda xingar funcionário de empresa aérea. É bom porque elas não revidam.


Quando se entra no avião, piora um pouco. Viajar pela Gol é isso. Refeição: biscoito goaiabinha e um copo de refrigerante. Parece lanche de cantina de escola. O engraçado é que quem serve o lanche tem uma marra de se invejar. Aquelas comissárias de bordo com seus trajes imaculados e penteados maravilhosos cumprem seu papel glamouroso com afinco. Garçonetes do ar. Servem o "drink" e recolhem a sujeira. Sem a cara de nojo com que atendem na saída.


Mas não é só no Rio que as coisas estão tão largadas. O Aeroporto de Brasília também estava uma graça este fim de semana. Sabe aquelas cenas de gente jogada pelo chão esperando vôo? É tudo verdade. E todos entendem como comum. Eu, fiquei felicíssimo, por exemplo, quando descobri que o atraso do vôo era só de uma hora. Só não aproveitei o tapete porque bastava ler o jornal pra passar o tempo.


Apesar desses transtornos todos, viajar para Brasília é sempre um bom programa, pelo menos pra mim. A quantidade de programação a que se pode recorrer é imensa. É só pensar em algo diferente pra comer e lá já tem até delivery.


O mais interessante de lá, todavia, são as pessoas. Nunca vi, no país, tanta mistura. Há, entretanto, uma forte tendência de, quem não conhece, se achar que todo mundo é nordestino por conta do sotaque carregado de alguns.


Não fora a facilidade de se fazer um programa decente (no bom sentido, é claro) e muita gente morreria de depressão no DF, pois as distâncias, apesar de pequenas, não facilitam em nada a vida de pedestres. Se quiser caminhar, por exemplo, tem que ir ao parque, e nem sempre se está a fima de fazer esse tipo de coisa.


Pra não surtar, muitos acabam tornando-se comediantes sensacionais. Em qualquer outro lugar do país seriam apenas alcoólatras, mas lá com aquele tempo tão seco, parece que ninguém fica bêbado, mesmo depois de 40 tulipas de chope.


O consumo de álcool pra alguns de lá rendem frases lapidares, que versam sobre diferentes assuntos, mas que sempre privilegiarão questões relativas à sexualidade, tais como:


"O homem que é home não convida amigo pra comer crepe..."


"Se eu vir amigo comendo churros, tiro o cinto na hora pra dar uma surra."


"Se, por um acaso, alguém fizer algum mal a amigo meu, eu só preciso de uma foto três por quatro do cara."


"Já que sou solteiro, me dou ao luxo de ser escroto."


E, finalmente,


"Quem come de tudo está sempre mastigando."


Agora imaginem essas frases pronunciadas com aquele sotaque de piauiense!


Viagem cansativa pra ir a um aniversário. Contudo, valeu. Apesar do aeroporto. Só não foi tão ruim porque resolvi seguir os conselhos da Martha. Em etapas. Relaxei no aeroporto pra não me aborrecer. O resto, resolvi com minha senhora.