quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Por que não eu? Oh, oh, por que não eu?


Existem situações em que determinados comentários vem à ponta da língua, mas, por uma questão de educação, deixamos de lado. Bem, dependendo da pessoa, a gente faz o comentário assim mesmo.


Foi mais ou menos o que aconteceu esta semana. Uma colega falava sobre a compulsão sexual de um colega em comum - até em beira de estrada o cara já foi flagrado -, questionando, em seguida os métodos utilizados pela figura.


O professor chegava junto da presa, falava uma ou duas gracinhas e o caminho para a fagocitose estava traçado. O detalhe é que ele já estava se acostumando com as menininhas da sétima série também, por isso a coordenação estava tão preocupada.


Ciosa dos valores familiares, nossa amiga simplesmente mandou a clássica:


- Gente, se não der confiança, ele fica na dele. Só cai no papo quem quer. Por que vocês acham que ele nunca me deu uma cantada?


Eu até que fiquei tentando responder a pergunta mentalmente. Por que seria? Vieram-me alguns questionamentos comuns em vez das respostas: Seria ela ruim de jogo? Seria ela moralista? Seria ela "entendida'? Seria ela notória difusora de doenças venéreas?


A resposta estava a minha frente. Era tudo muito simples e eu não enxergava. O que nos cega nesses momentos? O que nos torna tão incompetentes na interpretação de um texto tão claro?


A resposta era muito óbvia: a mulher é pavorosa, feia para c*. Só isso. Some-se a isso o fato de ser professora, dura, com mais de 40 e cafona. Aí só o amor de uma alma pura e sem pecados.

3 comentários:

Andrea disse...

Eu também sofro disso. Às vezes são tantas as respostas processadas simultaneamente pelo cérebro que a boca simplesmente não consegue dar conta.

Gileade disse...

Coitada...Tem perguntas que a pessoa deveria pensar muito antes de fazer.

Ana disse...

Você é mau.