Já vai pra mais de dez anos que tv por assinatura deixou de ser novidade no Brasil. Hoje qualquer comunidade tem pelo menos uma gatonet pra dar um pouco mais de satisfação televisiva aos telespectadores.
Com a tv por assinatura vieram os canais ditos temáticos. Assim, temos canais para homens (os de esportes e os de filmes "adultos" são exemplo disso), além de canais para mulheres (Fox Life, GNT, E! etc.). Acontece que esse povo começou a se levar muito a sério nessa história de ser temático.
Por exemplo, observe-se o "Saia Justa", do GNT. O que é aquilo? Sinceramente, eu até achava a Soninha um pouco inteligente, respeitava um pouco a Mônica Waldvogel, só que agora não dá mais. Maitê Proença, Márcia Tilbury (filósofa!) e Betty Lago completam o quinteto mais sem-noção do canal. Conseguem ser mais idiotas que a Astrid Fontenelle.
A marra das mulheres é fenomenal. Quando a Maitê Proença começa a dar os toques sobre religião, dixendo que Deus está em tudo, é de doer. Quando a Márcia Tilbury diz que não aceita uma crítica a Goya, pois é coisa de ignorante, dá vontade de desligar.
Mas por que não desligo? Sou o tipo de pessoa que busca motivos para desgostar mais das outras. Existe a necessidade de ter argumentos contra alguém para poder falar mal desse alguém. Por isso me mantenho assistindo. Podia ser pior: a Luana Piovani e a Ana Carolina (Argh!!!) poderiam estar ali ainda. Quer dizer, podia ser bem melhor.
Canais temáticos servem pra isso: encher programação da tv de lixo, como se já não bastassem a CNT e a Band. Além disso, pode-se dizer que sevem para desmistificar determinadas celebridades como a Marília gabriela e a Fernanda Young. É tudo fake. De inteligente nelas não se salvam nem os comentários politicamente incorretos da segunda.
Inteligência é artigo em falta não só na tv, mas de uma maneira em geral. Aliás, se fôssemos classificar o fato de haver pessoas inteligentes em nossa sociedade como normal ou patológico, certamente optaríamos pelo patológico. Só falta mais um manifesto sociológico.