"- Padre, tem 40 mil reais aí pra me arrumar?
- Tá ruim pra caramba, já te emprestei 20 mês passado, mermão!
- Sabe qual é, né, padre? A situação tá difícil e, além do mais, tem aquela parada do sexo antes do casa mento que eu sei que você apóia! E não se esqueça de que sei também que você é contra o celibato. Quer que eu saia explanando?
- Não faça isso, que você destrói minha vida! Pode cruzar o cheque?"
Aí, na moral, dá pra acreditar que a extorsão sofrida pelo padre Júlio Lancelotti não tinha razão de ser? O cara fazer voto de pobreza é uma coisa. Agora, ninguém sai "doando" dinheiro assim a esmo.
Acontece o seguinte, existe uma tendência muito forte de brasileiro acreditar em conto da carochinha. Tipo: "a CPMF não vai passar dessa vez!", "O Alair vai fazer as pazes com o Marquinhos!", "O papa tem dois filhos bastardos em Berlim!".
Assim, existe a tendência de que se acredite de que o tal padre, que ganha mil reais, tenha se desfeito das economias simplesmente por misericórdia. Agora vejam quem está com o padre: o nosso apaixonado por gravatas de marca Henri Sobel. Só que do Sobel eu não falo, porque tem ter cu pra falar mal de judeu!
Enfim, padre que é padre tem que ter uma história sórdida pra contar. O Lancelotti deve ter várias. O mal foi ter compartilhado com o amiguinho especial que fez na FEBEM.
Um comentário:
"um menino que ele está ajudando"
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