quinta-feira, 31 de maio de 2007

Sexo a três


Quem tem filho pequeno sabe o quão penosa é uma vida sexualmente ativa. De 0 a 4 anos a criança parece ter um faro pra quando as coisas vão acontecer. É um tal de - com voz sonolenta, invadindo o quarto - "Mamãe? Tá chorando?" Isso já mais velho. Quando mais novo é a sinfonia do "ahahah!",dos pais,- junto aos "ahahahahs" e "ohohohohs"dos filhos, que estão testando a voz.

Agora, ouve e tenta continuar...

O incentivador


Uma amiga perguntou qual a necessidade de uma pessoa ter um blog hoje em dia. Realmente nenhuma, a não ser aquela de suprir uma frustração tremenda, ou frustrações tremendas, do tipo "ninguém reconhece o meu trabalho", "minhas idéias nunca são aproveitadas"... Enfim é coisa de gente amargurada.

Eu cansei de ficar pensando as coisas. O meu negócio agora é deixar os outros mal consigo mesmos. Mais ou menos como o Bento XVI faz com a "juventude perdida". A exposição dos defeitos alheios é uma especialidade minha, e estão aí meus alunos e meus amigos que não me deixam mentir.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Questão de sobrevivência


Feio que é feio tem de saber desenrolar. No mínimo. Afinal, como sobreviver em um mundo em que somos naturalmente excluídos? Funciona mais ou menos assim: se o cara é feio, ou ele dança bem, ou canta bem - sempre cantei bem, mas ninguém jamais soube -, ou, como dito anteriormente, "desenrola" bem - que, na verdade pode substituir qualquer das outras possibilidades, uma vez que o "desenrolar" é amplo. Claro que tudo isso deve acontecer, se o cara quiser ter uma vida sentimental menos medíocre -como a que eu tive na adolescência, época em que, acima de tudo, eu era otário.

Mas isso é pra homem. Mulher não tem muita opção. Tem que ser bonita ou ter fama de piranha, pois pela primeira os caras se apaixonam; a segunda os caras querem porque comer - daí a atençaõ que ganham. Aquele papo de ter de ser inteligente serve muito pra auto-estima dela. Os caras não querem nem saber disso.

Isso tudo aí, entretanto, serve pra adolescência, pois, na fase adulta, como tudo se resumo a sexo mesmo, foda-se tudo. Literalmente. Ou melhor, fodam-se todos.

Eu fico pensando no caso do Renê Sena e a simpática Adriana Sena, a famosa "Égua loura".Esta semana a criatura é capa da Época, graças ao feioso do Renê. Renê que conseguiu a melhor forma de desenrolar do mundo : "E aí, to com 52 milhão. Já é, ou já era?" Pô, quem discute? Aliás, o mal dele foi ter falado em tanto dinheiro. Afinal, acho que 52 "real" já pagavam o frete da égua - que também não é bonita, mas tem a cara de piranha. (De acordo com relatos, obviamente.)

No fim das contas, o episódio só me fez ter mais pena dos feios - menos de mim e de uma galera que conseguiu se arranjar. Será que nem com 52 milhões? E olha que, como diz o Seinfeld, 95% da população mundial são constituídos de "non-dateables". Durma-se com um barulho desses.

domingo, 27 de maio de 2007

Idéia


Essa foto foi surrupiada de um blog de uma amiga, pois merece ser repassada. Se fosse por aqui, faltaria o "Estilo namoradinha", o "Recém-chegada de Florianópolis". Que se aproveite a foto para ilustrar o "Gente de classe".

Gente de classe

Acho que já comentei com amigos que odeio professores. É impressionante como esse tipo de gente é menor. Os caras, quando estudam - o que é raro-, se acham seres sobrenaturais, que vivem em uma outra dimensão. No fundo, no fundo, são pessoas de segunda também: traídos, enrustidos, mal amados (as) (mais -as do que -os). Esse grupo, entretanto, é menor. O que me incomoda mesmo é a maioria tosca, que não se assume como tal.
Sabe aquelas excursões a Petrópolis ? Pois é, tem umas três professoras lá, que vão comprar roupas na rua Teresa, para revender na hora do recreio. Sabe aquele pessoal falando alto no restaurante ? Mais professores. Jantar de fim de ano é uma beleza. É um tal de "Esse ano tava fraco, né?", "Fulano come que nem animal. Por isso que a mulher largou ele!" E por aí vai.
Bem, tudo isso era só pra dizer que ontem, dia 26, minha revolta só fez crescer quando revi uma das figuras mais revoltantes de todos esses 14 anos dando aulas. A mulher tem todo o pacote: professora do Estado, esteticamente desprivilegiada (feia bagarai), fala alto, é puxa-saco de coordenador e de aluno rico, e tira onda de que tem uma vida sexual mais ativa do que a da Débora Secco. Pra ela só o exílio. E isso em uma reunião no sábado! Impressionante como ela consegue representar tudo o que há de ruim em uma categoria. Pois é. Fim de reunião. Cafezinho. "Você tá comendo pouco hoje, hein, professor! O que aconteceu ?" Eu mereço.

sábado, 26 de maio de 2007

Isso não é coisa de homem!







São várias as minhas amigas que sofrem da síndrome de malcom. No fim das contas, elas acabam resolvendo seus problemas de que forma? Ora, escrevendo em um blog. É um tal de "Se me conhecesse, o George Clooney não ia me esquecer(...), "Conheci o meu futuro marido ontem"(janeiro), "Conheci meu futuro marido ontem"(janeiro, três dias depois) etc.





"Blog não é coisa de sujeito-homem" - Pensava eu. No entanto, descobri que, para que as pessoas me conheçam bem, precisam esperar o pior de mim. Acreditem: essa mulherada dos blogs só mostra o que tem de melhor, elas se acham. Eu, não. Quero que conheçam o meu pior: o deboche, o politicamente incorreto e por aí vai.





Quero ser processado por calúnia- Quer coisa mais na moda?- ; quero ser citado no Manhatan Connection como o novo Paulo Francis (só que menos inteligente, menos rico e menos histriônico); quero perder uns dois amigos por post. Muita pretensão.





Eu quero, além de tudo, ter a liberdade de escrever errado e não ser cobrado por isso! (Foi mal pelo eco...) Acima de tudo, quero provar que, no mundo, pelo menos uns 80% das pessoas são uns merdas, me included.





Não sofro, nem sofrerei, da síndrome citada no início do texto, mas, só pelo prazer de falar mal das coisas, está aí o "Esperem o pior".