sábado, 24 de maio de 2008

O que têm medo de dizer

Pode ter a certeza de que qualquer pastor faz:

1. Visita-surpresa;

2. Auto-convite pro café;

3. Indireta pra você pagar a viagem dele pro exterior.


Pode reparar que qualquer padre faz ou quer fazer:

1. Filho escondido;

2. Ignorar fiel na rua;

3. Desfazer os toscos tapetes de sal do corpus christi.


Qualquer católico quer, na verdade:

1. Dizer que acredita em reencarnação;

2. Falar com espírito do parente falecido;

3. A legalização do aborto e do casamento gay.


Qualquer evangélico quer, na verdade:

Ser católico.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Gente que brilha

Assisti a uma palestra esses dias. Animadíssima. Um dos palestrantes era o Joel Santana! Quer dizer, o cara falava como o Joel, acertava as concordâncias como o Joel, entendia tanto de Penal quanto o Joel, causava estranheza com declarações aparentemente sem sentido como o Joel, mas era só um advogado.

Pro palestrante, o Lula é o cara mais inteligente do Brasil. Certamente mais que ele, devo dizer. Pro palestrante, curso superior não quer dizer nada. Fantástico!! Principalmente pelo fato de a palestra ter sido proferida em uma universidade.

Fiquei extasiado. Senti-me como se estivesse na colônia Juliano Moreira ou num episódio de Além da imaginação. Como é que dão microfone na mão dessa gente???

domingo, 11 de maio de 2008

Com todo o respeito

Não chuto ebó, não falo mal de pai-de-santo pra filho-de-santo, não chamo espírita de macumbeiro. Só que não quero enganar ninguém quanto aos meus medos: eu tenho o maior cagaço desses rituais de religiões afro-brasileiras.

Sinceramente, não entendo nada daquilo, não conheço os símbolos nem nada. Mas só de ver aquele povo com miçanga escondendo a cara, aqueles turbantes brancos já me assusto.

Agora me diz, pra que aquele povo tem de dançar curvado? Parece que vão em minha direção como touros! Mó medo!

Desculpem-me mas também não sei diferenciar umbanda, quimbanda, candomblé, axé music etc. É a maior estranheza pra mim. E olha que já li Jorge Amado! Também não faz diferença, pois não sei diferenciar a Universal da Deus é amor, nem a igreja católica da Batista...

Só que eu tenho mais medo de religiões afro. Primeiro porque não consigo entender o nome das entidades e sua função social. Tudo tem X! Pô, santo católico neguinho traduz, santo afro tem que ficar no original por quê?

Outra coisa, vamos raciocinar juntos: tudo bem que a alegação pros santos falarem errado (Misifio, vossuncê) seria o fato de retomarem a fala dos escravos. Mas vem cá, o santo é africano ou brasileiro? Se africano, aprendeu português por quê? Com quem? Porque é santo eu tenho que perdoar os arcaísmos? Dúvidas...

Acho legal quem se interessa por uma corimbinha, mas confesso que tenho o pé atrás.

coisas que a vida ensina


Assim como cachaça não é água, focinho de porco não é tomada, forro de gesso não é forró do Gérson, carro fumacê não é máquina de gelo seco.


Já não basta eu ter que ficar respondendo a perguntas do tipo "Por que o nome de seu prefeito é mandiocão?", respondendo coisas como " A sua mãe deve saber...", agora vou ter de me preocupar em explicar carro fumacê em desfile cívico! Isso não se explica. Assim como não se explica a cantora Kátia cantar no dia das mães.
Ah, não sabe quem é a Kátia? É aquela mesma sobrinha do Roberto Carlos, que fez sucesso no comecinho dos anos 80. Só tem uma música conhecida. E conhecida por gente com mais de 30. Eu sei porque me disseram, é claro.
Enfim, a Kátia vai cantar. Domingo chuvoso, frio. E a Kátia vai cantar. Quem vai? Não importa mesmo, ninguém vai ligar, nem a Kátia. Isso porque não vai dar pra ela saber quantas pessoas havia na praça. Pois é, esqueci-me de dizer: um dos motivos pro sucesso "estrondoso" da cantora na época era o fato de ela ser cega.

sábado, 3 de maio de 2008

O mundo anda tão complicado

O que está acontecendo com o mundo? Descobrem que baiano tem q.i de ostra, matam ativista gay - professor universitário - e jogador de futebol decide se juntar à Chatuba de Mesquita.
Com relação aos comentários do professor da Faculdade de medicina da UFBA, houve indignação no Brasil todo. Na Bahia demorou um pouco mais porque o pessoa ficou com preguiça de protestar na hora e resolveu deixar pra lá.
O professor Luís Palhano morreu por ser gay. Mas, por mais contraditória que possa parecer, num lugar como o Ceará, onde homossexualismo é doença tratada com cortes de peixeira, ser ativista gay é coisa pra macho. O Diretor Adjunto da UECE certamente era mais homem do que os caras que o mataram.
Por falar em matar gay, o nosso amigo Fenômeno quase não sentiu vontade de... Eu acredito quando ele diz que não sabia que se tratava de travecos. Se ele enxergasse bem, cortava aquele cabelo.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

É proibido: as 10 mais!

Não me peçam pra fazer:

1. discurso em enterro;

2. promessa para alguém que esteja morrendo;

3. revisão-daquele-seu-texto-que-você-está-querendo-publicar-na-editora-de-um-conhecido;

4. vaquinha pra comprar presente de diretor;

5. currículo Lattes;

6. campanha pro Reis;

7. favor a amigos da minha mãe;

8. piercing;

9. visita a alguém num domingo;

10. cara de satisfação em reuniões com colegas professores.